Armadilha Inovadora Monitora e Controla a Propagação do Mosquito da Dengue
A luta contra o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, ganha um avanço significativo com a criação de uma armadilha tecnológica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). O dispositivo combina sensores de Internet das Coisas (IoT), câmeras de alta resolução e algoritmos de inteligência artificial (IA) para identificar e capturar exclusivamente […]

A luta contra o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, ganha um avanço significativo com a criação de uma armadilha tecnológica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). O dispositivo combina sensores de Internet das Coisas (IoT), câmeras de alta resolução e algoritmos de inteligência artificial (IA) para identificar e capturar exclusivamente fêmeas do mosquito, responsáveis pela transmissão de doenças. A tecnologia diferencia o Aedes aegypti de outras espécies por meio de análise de padrões visuais e comportamentais, evitando impactos na biodiversidade.
O protótipo foi projetado no Laboratório de Ideação (Fab Lab) do Inatel, onde foram realizados testes preliminares de eficácia. Posteriormente, estudos de campo em ambientes reais – como praças públicas e áreas próximas a córregos em Santa Rita do Sapucaí (MG) – comprovaram a funcionalidade do equipamento sob variações climáticas. Os pesquisadores estão aprimorando a estrutura física da armadilha, utilizando materiais resistentes a chuvas intensas e calor extremo, garantindo durabilidade e proteção da eletrônica embarcada.
A armadilha opera com sensores inteligentes que detectam a aproximação do mosquito e ativam mecanismos de captura seletiva. Os dados coletados são processados em tempo real e podem ser integrados a sistemas de gestão pública, permitindo que autoridades de saúde priorizem ações em regiões com alta incidência do vetor. Essa abordagem estratégica reduz a necessidade de inseticidas químicos, minimizando danos ambientais e resistência do mosquito a pesticidas.
Além do monitoramento, a tecnologia oferece uma solução sustentável, pois não emprega substâncias tóxicas, preservando ecossistemas locais. Testes indicam que a armadilha pode reduzir a densidade populacional do Aedes aegypti em áreas críticas, contribuindo para a prevenção de surtos. A iniciativa representa um marco no controle epidemiológico baseado em inovação, alinhando eficiência operacional e responsabilidade ambiental (Inatel, 2024).
Fontes: Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).